quarta-feira, 26 de maio de 2010

Reciclagem no DF


A coleta de lixo seletiva dispõe de lei própria na capital do país. A lei n° 3.890, de 7 de julho de 2006,. A lei é um importante avanço na preservação do meio ambiente em Brasília. Sua intenção é prevenir os efeitos danosos aos recursos naturais e ainda possibilitar a geração de renda através do reaproveitamento do lixo.
Mesmo contando com esse importante incentivo, os números da reciclagem aqui praticados não são animadores. Segundo pesquisa de 2004 realizada pela Belacap, órgão que cuida da coleta de lixo no DF, das 2.400 toneladas diárias de lixo produzidas, apenas 1,2% é selecionado e reciclado. O baixo desempenho se dá desde a casa dos moradores, que não tem uma cultura e educação conscientizada para a questão, até o próprio aparelhamento público despreparado. A escassa infra-estrutura conta apenas com 7 caminhões e 36 funcionários encarregado para a coleta seletiva.
A maior iniciativa parte das associações de catadores e cooperativas de reciclagem do lixo. Aproximadamente, mais de três mil pessoas estão cadastradas como catadores na Agência de Desenvolvimento Social (ADS). Uma delas é Cleide Vaz da Silva, presidente da Associação de Catadores Ambiente. Ela acredita que com a lei e a implantação de um sistema de coleta adequado, com a criação de centros de triagem, a coleta seletiva possa apresentar melhores resultados. Cleide espera também que a lei proporcione melhores condições de trabalho para os catadores, que além da discriminação sofrem com as condições insalubres da atividade.
Apesar de o lixo brasiliense ser um dos mais ricos do país, a coleta seletiva e a reciclagem ainda não viraram prática na cidade inventada. Revirando lixeiras em superquadras da área nobre do Distrito Federal e pesando tudo que encontrava, engenheiros florestais calcularam que, por semana, a população do Plano Piloto deixa de ganhar pelo menos R$ 75 mil em lixo que poderia ser vendido para as indústrias de reciclagem.

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